terça-feira, 23 de agosto de 2011

Se essa rua fosse minha...

...Eu mandava, eu mandava parar o tempo...

Apesar de meus pessimismos sociais, sempre que saio de casa, essa bendita rua volta a me encher de esperanças. Calma, eu explico:

Cresci jogando bola, muito mal por sinal, bete, pique esconde e variações, soltei pipa, andei de bicicleta, golzinho, cu de boi, chutei bola em portão de vizinho, apertei campainha e muitas outras coisas. Brincadeiras essas que todas as crianças deveriam ter a oportunidade de vivenciar, mas a cada dia mais tecnológicas elas ficam, mais distantes da rua, claro, a culpa também se deve ao perigo que as espreita a cada passo dado fora de casa, drogas, violência e por ai vai. Como resultado esses meninos e meninas crescem enclausurados se contentando com brincadeiras restritas aos limites de sua casa ou os limites de sua internet, pior ainda quando se resignam a televisores, aí sofrem com toneladas de informações distorcidas que são despejadas sobre elas a cada dia, e acabam se tornando facilmente influenciadas e sem opinião.

Mas não na minha rua, sempre tem um bando moleques jogando bola descalços, correndo, andando de bicicleta, soltando pipas, recentemente descobri um grupo de meninos que até de carrinho de rolimã andam! Mas não é um bem apenas de minha querida rua, quando ando por Anápolis, vez ou outra, me deparo com grupos de crianças que estão brincando, e nada mais. Eu sou relativamente novo pra falar esse tipo de coisa, mas eu realmente temo que esse tipo de visão fique mais rara a cada dia, mas sempre que minhas duvidas sobre nosso futuro aumentam, eu saio pra dar uma volta, e essa cidade, que tenho orgulho de dizer que amo, recarrega meu otimismo.

O mundo ainda tem salvação, as crianças ainda são apenas crianças, como devem ser sempre!

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