terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sobre você

Me senti meio que tentada ao desafio de escrever um texto sobre você. É você, meu querido Pedro. Sério, pois sempre que eu espero algo de você, não satisfeito você me surpreende com algo bem melhor e grandioso. Eu queria começar falando do dia em que começamos a conversar ou nos conhecemos, mas infelizmente eu não lembro. São coisas que eu nunca acho que serão importantes no futuro. Com isso me ferro esquecendo datas (sou meio que homem em minhas relações). Mas com certeza eu sei afirmar o porque de nossa aproximação... Certa vez ouvi que não devemos procurar pessoas que nos complete, mas sim pessoas que nos acrescente. E com certeza você acrescenta algo com esse sorrisão na minha vida, diariamente inclusive. Pra mim é muito difícil falar de sentimentos, e principalmente assumi-los em tão pouco tempo, mas é impossivel esconder que gosto de você, todo mundo sabe, todo mundo vê (até rimei, olha só). É incrível como eu espero o dia passar pra te contar um segredo e esperar de você, nem sempre o melhor conselho, mas o mais sincero. O jeito como você conserta minha auto estima nas manhãs geladas, me ajuda a enfrentar a braba engenharia. O jeito como você faz com que eu confie em mim, mesmo que seja numa partidinha de sinuca, me faz seguir mais forte. Cara, quando eu digo que você é um fofo, é porque de fato você é um fofo. Obrigada por essa amizade, sem frescuras, sem viadagens, cheia de altos e altos. Obrigada por oferecer ao mundo toda essa incrível pessoa que você é. Obrigada por me deixar fazer parte do que você vive. Espero tê-lo pra sempre.


Ps.: é sono, eu não sei usar 'porques' ainda... Mesmo depois de tudo o que eu disse sobre você no meu depoimento 'apaixonado' acima eu ainda acho que todos os homens são iguais... Não empolga com o que eu disse, dificilmente sou tão carinhosa, aproveita meu bom humor do fim de semana mara !

Acho também que esse texto abaixo cabe bem aqui, aproveitando :

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

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