quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


Resposta ao Tempo

Nana Caymmi

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho

Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei

Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo

Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei

E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Não meus amigos, não estou depressivo e desesperado, não mais. Mas uma amiga minha, uma fantástica amiga minha, que teve a paciência de me dar um pouco de atenção quando eu precisava, ainda teve o cuidado de me mostrar essa música linda, e eu não poderia deixar de mostrá-la, e agradecer com muito carinho todo o apoio que você, Lara, me deu, além também de agradecer pelos Strokes que eu finalmente ouvi! Sem esquecer também a Nana Caymmi! Antes que ela fique brava comigo. Um abraço!

Um comentário: