Após conversar com minha magnífica namorada sobre um texto
da excelente Claudia Regina (http://papodehomem.com.br/author/claudia-regina/, http://papodehomem.com.br/como-se-sente-uma-mulher/),
me deparo com o tema “preconceito”.
A "arte" de "pré – conceitualizar", é datada de antes da chegada
do homem na terra, a natureza, que é puro preconceito, nos dá um exemplo fácil:
O lindo SAPO BOI AZUL, vide foto (EU JURAVA QUE O MUNDO CANIBAL TINHA INVENTADO
ESSA!!)
A mecânica é simples, um possível predador encontra o “Bichinho de deus”, e por
conta de suas cores fortes, o predador, esperto, acaba se afastando assumindo
que aquilo não é normal, muito menos comestível. O preconceito do predador
salvou sua vida e a do sapo boi azul (Que é muito venenoso), sim, estou
defendendo os preconceituosos justamente por ser um deles, assim como você é.
O preconceito é uma questão de auto-defesa natural, tudo
aquilo que você não conhece ou reconhece é assimilado como potencialmente
nocivo ao seu bem-estar, portanto é evitado, ignorado ou até mesmo atacado:
Façamos um exercício de imaginação:
Você está na rua, de madrugada, sozinho, a rua está mal
iluminada e não é possível ver nenhum sinal de vida, até que você vê um vulto
ao longe. E que aqui fique claro, não se pode saber se é branco, negro, mulher
ou homem, a idade nem a aparência, também não dá pra saber se é a sua mãe ou
uma tartaruga ninja. O que você faz?
Temos aqui nossas três opções básicas de sobrevivência, você
pode dar meia volta e com o passo mais rápido possível tentar despistar o vulto
de maneira discreta (Fugir/evitar), você pode atravessar a rua e fingir que
nada está acontecendo (Ignorar), ou você se acha o maior bandidão(ona) da
história e segue em frente pronto para um possível embate (Confrontar/Atacar).
(Das 3 eu clamaria pelo Batman)
O ponto ao qual quero chegar é, o preconceito é inato ao ser
vivo, sem ele toda a vida “inteligente” seria extinta(nessa lista eu coloco
todos os animais em pé de igualdade, com o ser humano como lanterna da fila,
mas bem atrás mesmo). Então preconceitos raciais, teológicos, homofóbicos,
feministas e machistas entre tantas outras categorias que descobrimos todos os
dias são válidos, pois remetem a manutenção da vida na terra?
NÃO!!!
A palavra preconceito é mal empregada nesses últimos casos,
existe uma expressão que se adequaria muito melhor, “Burrice social”. Pensa
comigo, só sendo muito burro pra achar que o sexo, a cor da pele,
ou as escolhas de outro ser humano além de outros inúmeros fatores, são
relacionados a você. Se acha um “absurdo aquela pessoa estar fazendo isso ou
aquilo” ou um horror “aquele tipo de gente”, eu lamento muito, mas lamento por
sua existência. A burrice social é o maior mal de nossa sociedade e,
infelizmente é incurável, seja nos agressores ou nas vítimas, as sequelas deixadas persistem, na maioria dos casos, pelo resto de suas vidas.
Voltando ao começo do texto, repito com um pequeno acréscimo:
Nós dois somos
preconceituosos, porém eu não sou burro, e você, é burro?



