Cosplay (em japonês: コスプレ Kosupure) é abreviação de costume play ou ainda costume roleplay (ambos do inglês) que podem traduzir-se por "representação de personagem a caráter", e tem sido utilizado no original, como neologismo, conquanto ainda não convalidado no léxico português, embora já conste doutras bases, para referir-se a atividade lúdica praticada principalmente (porém não exclusivamente) por jovens e que consiste em disfarçar-se ou fantasiar-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videojogos ou ainda de grupos musicais — acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers.


Originalmente conhecido como masquerade, o cosplay NÃO foi criado no Japão. O primeiro cosplay conhecido foi criado por Forrest J. Ackerman em 1939 durante a primeira Worldcon, na companhia de Myrtle R. Douglas. Ele criou a veste chamada "futurecostume", enquanto ela criou uma versão do vestido do filme de 1936 "Things to Come". Desde então, tornou-se uma prática anual nas Worldcon, com concursos e atrações próprias, e mais tarde estendendo-se aos fãs de fantasia e quadrinhos. Os primeiros cosplays de mangá/anime registrados são posteriores aos anos 70, nos EUA. O fenômeno do cosplay chegou ao Japão na década de 80 pro meio de Nobuyuki Takahashi, que ficou surpreso com o costume ao visitar um Wordcon, que começou a incentivar a pratica no Japão pelas revistas de Ficção Científica.


Então, esse costume considerado “nerd” pode até ter sido denominado em 1939, mas ele é muito mais antigo, ele é tão antigo quanto o homem e suas crenças, que em cerimônias consideradas pagãs se vestiam de seus deuses como uma forma de se aproximar deles, para os católicos temos as encenações da paixão de Cristo. Desde de crianças estamos sendo influenciados por filmes estadunidenses que retratam o helloween, com crianças fantasiadas e tudo mais. Quem nunca foi, ou deseja ir, a uma festa à fantasia? O que é o carnaval senão um grande evento cosplay para “adultos”, temos ainda o eterno carnaval de Veneza com suas máscaras tradicionais.

O cosplay nada mais é do que a vontade inata do ser humano de ser outra pessoa, de se aproximar daqueles que ele admira, de fantasiar um mundo novo. É apenas mais uma das maneiras que nós arranjamos de fugir dessa nossa realidade tão distorcida onde um pequeno detalhe, como o abraço entre um pai e um filho, pode resultar em uma surra covarde. Como seria bom se todos fossemos um pouco menos preconceituosos e apenas aceitássemos as diferenças sem necessidade de criticas, cada um tem o direito de escolher entre se drogar ou se fantasiar, abraçar ou matar. Eu sempre valorizei aqueles que preferem uma boa fantasia e você?

Abraço!