segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Todo o amor

Uma empolgação tremenda tomou o meu dia. O filho de um amigo meu está para nascer, hoje a qualquer momento. É contagiante o sorriso no rosto das pessoas que o cercam. É uma nova vida, uma pessoa que nunca vimos. O nascimento definitivamente é um milagre. Como uma criança muda a vida das pessoas. Como é gostoso vê-los sorrindo, mesmo sabendo que depois crescem e viram monstros. Com essa empolgação decidi falar um pouco sobre as pessoas que mais amo nessa vida: meus pais. Bom, meu pai me ensinou tudo, aliás começando por ler e escrever. Quando eu era bem novinha as pessoas se impressionavam quando me ouviam conversar. Eu tinha pronúncias corretas, avançadas pra idade que eu eu tinha. Meu pai acho que eu era um gênio e decidiu que iria me ensinar a ler. Com três anos e antes de entrar na escola eu me arriscava a escrever com a minha letrinha horrorosa (que é assim até hoje). Eu não lembro mas meu pai me conta que fomos a uma borracharia e eu li a palavra na placa e ele ficou todo orgulhoso. Logo, ó que lindo minha primeira palavra lida foi borracharia. Ele me ensinou a andar de bicicleta. Quando eu pude tirar as rodinhas, sem dúvida, foi o dia mais feliz da minha infância. Meu pai era um cara paciente, me levou ao show das chiquititas e suportou crianças escandalosas gritando para outras crianças escandalosas. Portanto minha alegria é quando eu sei que ele está orgulhoso de mim. Como no dia em que me acordou bem cedo pra me abraçar, depois de ler a lista dos aprovados no vestibular que eu deixei de madrugada em cima da mesa. Ele as vezes tá um pé no saco. A gente até discute, e gritamos, porque isso eu aprendi aqui em casa também, falar alto. Mas ele está na razão dele, eu em dias ruins, não tem pra ninguém, sou mil vezes mais chata que ele, com certeza! E minha mãe?! Ahhh minha mãe, essa me ensinou a ser o que sou. Me ensinou principalmente que eu podia ser o que quisesse, fazer o que quisesse, mas teria de suportar todas as consequencias. Ela me deu liberdade pra fazer minhas escolhar. E me apoiou sempre que eu não conseguia escolher entre nada. Minha mãe ao contrário de muitas mães sempre me dizia: não sou sua melhor amiga, sou sua mãe. E com isso aprendi a superior importância das mães. Não menosprezo em hipótese alguma meus amigos. Mas ninguém nunca vai ser capaz de me apoiar como minha mãe faz. Meu pai odeia saber que outro homem poderá me fazer sofrer. Talvez por isso o ciúmes. Se bem que ele aceitou meu primeiro namoradinho que tinha dreads. Vai ver era por que os dois eram palmeireses. Minha mãe sabe sempre me dar aquela bronca quando eu saio da linha. Esperneia quando eu chego bêbada, mas depois ri e diz que é coisa da idade. Se alguém me pergunta se eu amo algum cara, eu digo que sim e que ele me ama desde o primeiro momento que me viu. Minha mãe tem o melhor abraço do mundo e também os tapas mais doídos, é incrível como pode existir alguém assim. Meu pai conta piadas na mesa de jantar. E eu tenho muito orgulho de tê-los comigo. Eu espero um dia ter filhos, pra sentir esse amor incondicional. Minha mãe minha fã, leia isso: muito obrigada por tudo!

Ps: Bem vindo Miguelzinho. Tia Morello tá muito feliz :D

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