segunda-feira, 5 de março de 2012

Saudade

É quase quente como fogo, parece que poderia derreter uma barra de gelo enorme... Ahhh, a paixão. Deixa aquele sorriso bobo no rosto, a playlist leve como um domingo de sol. Tira o cerébro do eixo do que é correto, faz esquecer os problemas, os conflitos da novela, as aulas com cálculos, as chaves do carro, o número da senha. Tem aquele velho clichê, das borboletas no estômago, mas é mais ou menos essa sensação que se tem quando a pessoa chega. Um friozinho gostoso percorre a espinha e é revertido em brilho nos olhos. Se tiver alguma coisa mais simples e ao mesmo tempo mais gostosa, do que se apaixonar, ainda vai aparecer, porque por enquanto...
Mas é aí que tá, chega uma hora que o coração fica vazio, sem nenhuma paixão. Geralmente depois de alguma decepção. Primeiro vem aquela falta... depois a vontade de nunca mais, nunca mais mesmo, querer se apaixonar. Prefere-se o 'ficar só'. Depois ficamos naquela "não vou me apaixonar... não vou mesmo" fugindo de todo e qualquer vestígio... 
Só que chega uma hora que dá saudade. Saudade de sentir aqueles 'sintomas'. Saudade de arrepiar com uma música, de assistir filme no domingo, de beijar nos olhos... 
A gente se sente vazio, querendo se apaixonar mesmo que não seja correspondido, querendo sentir a angústia da falta de alguém, a responsabilidade de fazê-la sorrir...
A paixão acalenta, seja qual for sua intensidade, alegra, acalma. 

Ahhhh que saudade de estar apaixonada !

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