terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma parte de mim que se foi



Liguei e desliguei meu computador 3 vezes antes de tomar coragem de escrever esse texto, não é algo fácil para mim, mas se não o fizesse juro que acabaria explodindo.

Minha cachorrinha morreu, seu nome É Molly, pois não é com sua morte que as marcas que ela deixou também farão parte do passado, pois eu as levarei no meu peito enquanto existir. Tudo aconteceu ontem, segunda feira, comida nenhuma parava em sua barriga, até a água que ela bebia era posta para fora em questão de minutos, ver ela morrendo de fome seria ainda mais doloroso.

Um veterinário, amigo do meu pai, chegou aqui por volta do meio dia, eu já estava no chão com ela, minha cachorrinha estava fraca e tremendo, mal conseguia levantar a cabeça, mas teve forças para latir quando percebeu a presença do estranho, eu a abraçava cada vez mais forte, queria poder ter aguentado mais, mas quando comecei a chorar ela ainda estava acordada, espero realmente que isso não a tenha incomodado.

Vai demorar tanto para que eu comece a me esquecer do calor do seu corpo frágil e trêmulo, nos meus braços, enquanto ela dava seu ultimo suspiro. Depois que ela se foi ainda fiquei junto de seu corpo por alguns minutos, me desculpando de todos meus erros, e agradecendo por sua companhia incomparável, por tantos momentos maravilhosos que passamos juntos. Tanta dor.

Ainda não consigo me lembrar dela sem que uma lágrima se forme em meus olhos. Eu e meu pai que cavamos sua cova, o mais fundo que conseguimos, queríamos comparar nosso esforço ao amor que sentíamos por aquele pedaço de carne peludo que fez desses últimos 11 anos de minha vida algo mais aceitável e incrível.

Ela foi minha confidente nos momentos de tristeza, minha companheira, minha amiga, irmã, uma das 4 mulheres da minha vida, um de dos meus maiores amores.

Queria poder explicar, gostaria de poder aceitar. Mas tudo que faço, por enquanto é sofrer, chorar, relembrar. Mas se algo me reconforta, é pensar que ela tinha o mínimo de consciência do amor que eu sentia por ela. Fique em paz minha cachorrinha, obrigado pelos momentos maravilhosos minha Mollynha. Eu juro que jamais te esquecerei.

Amor não é algo que o tempo apaga!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lá está ela, mais uma vez... de Caio Fernando de Abreu

Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

Nem é muito a minha cara postar um texto de alguém, mas este está perto de tudo o que eu queria escrever agora.

sábado, 12 de novembro de 2011

Tô bem (sim)

Meu corpo tomou um desejo quase que desumano de escrever qualquer coisa. Ainda não sei explicar como venho me sentindo nas últimas semanas, mas é bom e, merece reconhecimento. Estive observando. Lembro-me do Pedro em algum texto se dizendo observador. Talvez no texto em que se descrevia, o mesmo que nos motivou a montar o blog.
Observadora eu nunca fui. Muito pelo contrário acho que adoro estar em evidência, ser observada. Sou uma 'espalhafatosa' como diria minha mãe.
Essa semana, não sei se pela minha experiência de quase morte (a gripe que quaaaaase me tira de vocês caros leitores), eu me coloquei a observar o comportamento das pessoas de uma maneira menos participativa. E cara... meus amigos são delícias pra caralho. Como eu tenho sorte dessas pessoas ao meu lado. Pessoas que eu não preciso dizer nada. Eles também não perguntam nada... e sabem animar meu dia.
Meus meninos, cheios de piadas novas e novidades do final de semana. As minas sempre cheias de fofocas divertidas, idéias pro almoço e programas avassaladores. Adoro tudo isso inclusive a vida que eu escolhi, a casa, o cheiro... tudo isso passa longe do que eu planejei, mas tá tudo tão bem.
Me lembro que um tempinho atrás me deixei levar por uma melancoliazinha besta. Uma coisa que ainda tô carregando, mas tá indo... tá indo embora!
Eu sei que tô longe do que posso ter ousado planejar. Sei que estou desperdiçando algum outro talento, que eu nem saiba direito que tenho. Mas me acomodei e estou indo, sem arrependimento algum.
Não dá pra perder tempo querendo viver a vida de outra pessoa. Não dá pra perder tempo tentando fazer parte da vida de alguém. Não dá pra perder tempo esperando nada, nem ninguém.
É claro que foi preciso tempo pra perceber isso. Agora é erguer o queixo e ter certeza ao dizer: estou bem!


(Originalmente contrastanto com: http://rimorello.blogspot.com/2011/09/to-bem.html)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Saudade

Namoro a distancia pode dar certo

Que sentimento mais dolorido é essa tal de saudade, basta apenas um dia longe de quem você deseja estar perto, e tudo desmorona, humor, ânimo, perde-se o lugar o rumo.

Hoje mesmo tive um exemplo nada agradável do poder da distância, tudo bem, nem tudo é culpa dela, mas que é um grande catalisador, ah, isso é.

Mas também se tem o lado positivo, sabe como perceber se ama alguém? Fique um dia longe de tal pessoa, se você pensar, pelo menos 3 vezes nela, alguma coisa tem ai. Agora, e no meu caso que o pensamento é constante, interrompido esporadicamente, por assuntos que eu praticamente ignoro, e volto as minhas divagações.

Nada dói mais do que a certeza da distancia de quem se ama, parece que uma parte sua é levada de você, no meu caso perdi meus pulmões, toda hora suspiro relembrando momentos e sonhando com aqueles que hão de vir, e sofrendo pelos que estou perdendo.

Sim, o amor é tem seus dois lados, mas esse depressivo é tão efêmero, que assim que a necessidade do encontro é suprimida, só há espaço para a felicidade.

Ah minha princesa, como eu te amo! E essa segunda-feira que não chega logo?